Inserção no texto Animação Cultural, de Flusser

Comando da atividade: reler o texto do Flusser, eleger um fragmento e incluir um pequeno diálogo do seu objeto se infiltrando na discussão filosófica apresentada. 

Lembrando que meu objeto era um cacto, segue a fotografia e representação dele:

Trecho antes da inserção + fala do meu objeto:

"...No fundo, a nossa Revolução não passa de inversão da relação "homem-objeto". Em vez de funcionarmos em função da humanidade, esta passa a comportar-se em função do nosso próprio funcionamento. Passamos nós a ser os animadores da humanidade. É em função de mesas, tijolos, lâmpadas elétricas e aparelhos de TV que a humanidade vive, isto é: em função de nós, os objetos, que a humanidade é animada. A nossa função, os objetos, é animar a humanidade, programá-la. Se tivermos plenamente nos conscientizado dessa nossa função, fundamentalmente filantrópica, teremos levado a nossa Revolução até a sua gloriosa meta. "Animação cultural" é pois nosso brado de guerra revolucionária vitoriosa."

- Se me permite a palavra, senhora mesa redonda, eu, como cacto usado como objeto de decoração, tenho que manifestar meu total apoio a essa Revolução. É preciso que nos tornemos independentes dos seres humanos. Eles nos usam e dão atenção só até onde é conveniente para eles. Eis minha experiência própria: assim que cheguei na casa de minha dona, eu era apenas um brotinho, porém muito paparicado. Minha humana me colocava todo dia no sol para que eu pudesse crescer, me regava sempre que eu necessitava de água e fazia de tudo para me manter bela e saudável. Entretanto, parece que uns meses depois ela perdeu o "encanto" por mim, e deixou-me jogada na sua escrivaninha. Quase não vejo mais a luz do sol, tampouco a água. Dessa forma, convém uma necessidade de romper laços com os humanos em prol da nossa própria sobrevivência, para fazer valer nossa existência. Acredito que como eu, muitos devem passar por situações semelhantes, portanto, eu digo: VIVA A REVOLUÇÃO, VIVA A ANIMAÇÃO CULTURAL!